xícara - cup - taza - Кубак - vaso - coppa - kopp - الكأس - tasse - beker - fincan - גלעזל - κύπελλο - pehar - чаша - kupillinen - cawan - чашка - kop - koppie - kikombe - գավաթ - chávena - filxhan - kopa - কাপ - 컵 - kup - kuppi - カップ- cốc - inkomishi


quarta-feira, 25 de julho de 2012

No dia 30 de abril eu postei aqui uma notícia sobre a exposição de uma coleção de xícaras de chá no Loveland Museum (Loveland, Colorado, EUA). Eu vi a notícia na net e me interessei. Não podendo ir lá ver as peças, tentei e consegui um contato com a expositora, Jeannine LeCompte. Conversa vai, conversa vem, ela conheceu meu blog, ficamos amigas no Facebook e temos nos falado regularmente.
Ontem eu recebi um lindo presente. Jeannine me mandou pelo correio o catálogo de sua exposição.

Veio autografado e com uma delicada dedicatória na primeira página.

Para vocês terem uma idéia melhor, aí está a "orelha" da primeira capa, onde há um breve currículo da minha amiga, sua foto, e algumas informações sobre a coleção.
O catálogo, além de belíssimas fotos de algumas xícaras expostas, traz informações sobre colecionismo, uma breve história do chá (com uma linha do tempo que vai de 2737 AC até1997. Além disso traz informações sobre estilos e formas de decoração das xícaras que compoem  a coleção.

Acompanhava o catálogo um belo cartão, recortado em forma de bule de chá, publicado pelo Instituto de Artes de Chicago e mostrando uma peça de prata do artista alemão  Matthäus Baur (1653-1728) intitulada "Tea Service". Vejam que lindo!

Aqui duas páginas com as xícaras fotografadas.

Xícara brasileira

Xícara de café sem marca. Porcelana branca pintada à mão, fundo em tom rosado e galho de rosas em dois tons de cor de rosa. Muito delicada, foi presente de uma amiga que a pintou para mim em 1992.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A xícara e o bule

Era uma vez
uma linda xícara
que se apaixonou
por um jovem
e belo bule.

A xícara
era branca
com fios dourados
e uma expressão
de felicidade
no rosto.

O bule
de cor azul
com quadrículas brancas
e a base bege
estava cheio
de calor.

Assim
apaixonaram-se
e os dois se juntaram
em um delicioso
e lindo beijo
de amor.

Por ser
um casal
legal e bacana à beça
à xícara, chamou-se Claudia
e ao bule, chamou-se
Zeca.
Aurélio Enes Patrão, janeiro de 2009

Xícaras de café quentinho para o inverno








Este guardanapo para cozinha foi pintado pela Kelly Chris, do site http://bonekinhafadaartistica.arteblog.com.br

Xícara isabelina

Xícara de café isabelina (caipira). Porcelana branca, formato 4 gomos, pintada à mão. Um dos  gomos tem fundo branco, com a palavra “Lembrança” em dourado. Fundo em tons de rosa, flor amarela, folhas em bordô e azul marinho, fruto bordô, tudo contornado de dourado. Asa em 3 tempos.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

As xícaras de Lady Gaga (4)

Gente, quando penso que já acabaram, aparecem mais xícaras usadas pela polêmica cantora. Vejam essas fotos aí. Já publiquei 24 fotos com xícaras diferentes.

Xícara japonesa

Xícara de café proveniente do Japão da marca H. Porcelana “casca de ovo” branca, pintada à mão. Largas faixas azuis e douradas. Asa dourada. Frisos pretos. Fundo do pires em azul. Árvores com frutos vermelhos, arvoredo verde ao fundo, gueixa com quimono azul e faixa vermelha.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Tina Dias

Oi, amigos ...
Fiquei fora da net por alguns dias, paparicando a família durante o feriado prolongado, e só hoje tomei conhecimento da triste notícia sobre minha querida amiga Tina, do blog Sonhar e Realizar, que nos deixou.
Depois de lutar pela vida  na UTI em Poços de Caldas ela não resistiu à gripe H1N1.
Não a conheci pessoalmente, mas partilhávamos a mesma paixão pelas xícaras e eu acompanhava sempre os seus blogs: os chás das terças-feiras, o sábado azul e as histórias e testemunho de sua fé no Cantinho na roça e Maravilhas.
Aos familiares dessa mulher admirável (vocês podem ver nos blogs que eu citei o seu grande coração) meus mais profundos sentimentos. Não tivemos muito tempo juntas, mas o tempo que tivemos foi precioso.
Pena que não deu tempo de nos encontrarmos pessoalmente. Sei que hoje ela está muito bem, ao lado de nosso Pai, mas queria que ela ficasse mais um pouco aqui.
Estou deixando aqui uma xícara pintada azul, como uma homenagem a você, Tina, que um dia a colocou no seu blog e sempre me incentivou.
Grande abraço sentido aos familiares.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Xícara brasileira

Xícara de café da marca Schmidt. Porcelana branca, frisos dourados. Faixa larga em azul turqueza, com decorada com rosas brancas e cor-de-rosa. Circundando esta faixa larga, faixas estreitas decoradas em dourado e pequenas flores.

Eu amo café

Autora: Susan Zimmer
Tradutores: Amini Rassoul, Fabiana Badra Eid
Editora: Prumo (2009)
Capa: Thiago Sousa
Lançamento: 2009

Eu Amo Café reúne informações sobre a história do café no Brasil e no mundo e suas características (principais regiões produtoras, variedade de espécies de plantas e grãos). além disso, traz mais de cem receitas fáceis de preparar. Maior exportador mundial de café, o Brasil tem também um grande mercado consumidor. Por aqui, é servido quente, frio, gelado, licoroso, expresso, como drinque e ainda em receitas doces e salgadas.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A estante de xícaras

     Na família todos tinham horror a quinquilharias. Jogava-se fora o inútil, o aparentemente desnecessário, o que ninguém reclamava para si de imediato. Estava ali um bom exemplo que gavetas servem realmente para roupas, utilidades domésticas, no máximo documentos.
     A única exceção que se fazia era para a coleção de xícaras de dona Marita. Ninguém nunca entendera. Até porque ninguém nunca tivera paciência, naquela família, para colecionar nada. As xícaras não tinham lá grande valor como antiguidade, não eram exóticas nem raras, sequer poderiam ser ditas de bom gosto, com algum estilo mais definido. Não. Eram apenas xícaras que, por vezes, apareciam como que do nada, sem maiores explicações e iam enchendo o armário que ela encomendara a um marceneiro, luzes embutidas, espelhos ao fundo, prateleiras com medidas padronizadas, chaves que apenas ela possuía. Os filhos, depois os netos, se acostumaram ao móvel como se ele fosse mesmo um pedaço da família, sem sequer querer entendê-lo. Ninguém sabia mais se interessava em saber como começara a mania da avó, ninguém perguntava. Coisa de velho.
     Até o dia em que dona Marita morreu. E aí, o que fazer daquela coleção que, descobriram, tinha quase 300 xícaras? É verdade que quando a velhinha começou a ficar mal, a conversa já andara de boca em boca, mas diante da morte, veio o inevitável: que fim dar àquela coleção? “Quem sabe a faxineira fica com algumas, a gente pode doar outras tantas pr’alguma casa de caridade”. “Mas, se os amigos souberem, vão falar”. “Na minha casa não quero. Prá que tanta velharia?” “A gente pode dizer que ela deixou em testamento pr’algum parente qualquer.” “Melhor guardar pelo menos algumas de lembrança, vocês parecem que nem têm respeito”.
     Só que para fazer qualquer coisa, tinham que abrir o tal armário. E cadê a chave? E não é que ninguém tinha se preocupado com ela? Procura daqui, procura dali, e nada. Até que percebendo o mau-humor que se espalhava pela família, o garoto da vizinha, com seus 8, 9 anos, resolveu se intrometer. “Ah, a chave. Eu sei, sim, onde Dona Marita guardava. Está junto com o livro que de histórias. Ela me contou todas, eram melhor que a dos livros lá de casa, só que quando pedia prá ela repetir alguma que gostava mais, tinha sempre alguma coisa diferente. Tinha história de guerra, de criança, de bicho, de rock, de tudo.”
     Acharam a tal chavinha realmente onde o menino dissera. E ao lado um livro de capa preta, bem antigo, com páginas e páginas escritas manualmente. Primeiro um número. Depois, uma página inteira. Ao final, a letra já estava mais tremida e não eram mais que algumas linhas.
Após o número 1, o que havia era uma descrição surpreendente: “Encontrei hoje um cartão de meu pai, de quando estava na frente de batalha, lutando por São Paulo em 1932. Eu ainda era pequenininha, e ele escreveu a lápis, dizendo que era o toquinho que tinha conseguido. Queria saber de mim, de minha irmã. Contava que estava bem e que o melhor de cada dia era quando, no começo da noite, às vezes eles conseguiam ter uma xícara de café quente. Achei tão bonito.Vou começar a colecionar histórias sobre xícaras. Cada história especial que encontrar, vou comprar uma xícara qualquer, como se fosse com ela que tudo tivesse acontecido. Espero manter essa promessa ao longo da vida”. A data era 1945.
     Foram virando as páginas, encontraram lá pelo número 120 o relato de que Betinho (alguns netos, os mais jovens, perguntaram quem era Betinho), durante seu período de trabalho como operário, nos anos 60, antes do exílio, fora um lixador de xícaras.
     A última página, com o número 289, era simples. “Lady Gaga parece amar suas xícaras, hoje ela apareceu com mais uma diferente. São tão alegres, coloridas, doidas como ela. Pena que as pessoas só olhem para a roupa dela. O que será que ela bebe nessas xícaras? Ninguém conta. Será chá? Café? Ou alguma mistura mais misteriosa?”
     A família permaneceu perplexa. Finalmente haviam descoberto o que Dona Marita realmente colecionara por tanto tempo.

Beatriz Vicentini, abril de 2012

No dia em que a Bia chegou em minha casa e me disse que tinha escrito uma crônica inspirada pela minha coleção de xícaras, eu fiquei muito feliz. Somos amigas há muitos anos e eu sempre fui fã de seus escritos ... ela é uma cronista de primeira. Senti-me honrada! E pedi uma cópia, pois queria colocar no blog.

Aí está a crônica, que me emocionou, pois tem muita coisa da minha coleção ... tem também pedaços inspirados em sua própria história, o que nos torna ainda mais ligadas. Obrigada, minha amiga!
Quis colocar aqui, junto com outro presente de outra amiga, que também me emocionou.