As xícaras
praticamente novas sobre a mesa
As cadeiras
vazias, pouco usadas
As taças sobre a pia
limpas, mal colocadas
O sofá de dois
com um
deitado, calado
Da tevê desligada
tão pouco usada
ninguém
briga pelo canal
Na garagem
saudade que vai
do fusca prateado de tempos atrás
hoje, sem carro, garagem emprestada
desconhecidos são
No armário as roupas com apenas um odor
tão poucas
mal passadas, amarrotadas
estão
As janelas sempre fechadas
somente chuva a bater nos vidros
então
É uma casa
nela faltam pedaços por todos os lados
A xícara caiu
lá ficou
em pedaços
esperando alguém
ajuda
para juntá-la
ninguém
ou aquele alguém
não veio
hoje não
tudo ficou
pedaços
A xícara verde
caída no chão.
praticamente novas sobre a mesa
As cadeiras
vazias, pouco usadas
As taças sobre a pia
limpas, mal colocadas
O sofá de dois
com um
deitado, calado
Da tevê desligada
tão pouco usada
ninguém
briga pelo canal
Na garagem
saudade que vai
do fusca prateado de tempos atrás
hoje, sem carro, garagem emprestada
desconhecidos são
No armário as roupas com apenas um odor
tão poucas
mal passadas, amarrotadas
estão
As janelas sempre fechadas
somente chuva a bater nos vidros
então
É uma casa
nela faltam pedaços por todos os lados
A xícara caiu
lá ficou
em pedaços
esperando alguém
ajuda
para juntá-la
ninguém
ou aquele alguém
não veio
hoje não
tudo ficou
pedaços
A xícara verde
caída no chão.
Marcela Hebeler, novembro de 2001
Nenhum comentário:
Postar um comentário