Trecho extraído de “Fonte:
As Ondas de Virginia Woolf. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981”
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Solidão
Quão melhor é o silêncio; a xícara de café, a mesa. Quão
melhor é sentar-me sozinho como a solitária ave marinha que abre suas asas
sobre a estaca. Deixem-me ficar sentado aqui para sempre com coisas nuas, esta
xícara de café, esta faca, este garfo, coisas em si, eu mesmo sendo eu mesmo.
Não venham preocupar-me com suas alusões a que é tempo de fechar a casa e
partir. Eu daria de boa vontade todo o meu dinheiro para que vocês não me
perturbassem, mas me deixassem ficar aqui sentado, para sempre, silencioso e
só.
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