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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A letra X


Este livro, destinado ao público infantil, é uma espécie de cartilha em que o poeta brinca com as letras do alfabeto, conciliando aprendizado e diversão. É um livro infantil, mas agrada a crianças de 8 a 80 anos A partir da clássica fórmula do "bê de bola", o poeta gaúcho usa todos seus recursos de linguagem para desenvolver versos que alfabetizam enquanto encantam.. Nesse livro que alia alfabetização lúdica e poesia, há mais coisas para aprender e para apreender do que apenas o alfabeto. Uma delas é a própria poesia. Cada letra se torna uma estrofe e nessa estrofe a letra em questão é apresentada e, em seguida, usada mais de uma vez.

A primeira edição do livro foi lançada em 1948, a 2ª em 1983, a 3ª em 1984, a 4ª em 1997 e a 5ª em 1999.

Em 2009 foi publicada pela editora Globo uma nova edição, que segue as normas da reforma ortografia e tem belíssimas ilustrações de Rosinha.

Notícia importante: em novembro do mesmo ano foi lançada, pela produtora de Porto Alegre “aprata”, a coleção Braille Quintana, com os livros: Batalhão das Letras, Pé de Pilão e Lili Inventa o Mundo.

Por que falo tudo isso?
Porque chamou a minha atenção, especialmente, a página 27, destinada à letra X, que reproduzo ao lado.

Sobre o verso desta página, há uma interessante estorinha, contada pelo próprio Mário Quintana em entrevista à Rádio FM Cultura de Porto Alegre em 1990: “O Batalhão das Letras foi o meu primeiro livro infantil. Foi em 1948, na época da ditadura. A Secretaria de Educação não gostou de uma quadrinha que fiz em referência à letra 'x':

'Com um x se escreve xícara,
com x se escreve xixi,
não faça xixi na xícara,
o que irão dizer de ti!'.

A secretaria aconselhou os colégios a não adotarem o livro. [...] Depois, os círculos oficiais amadureceram. Quando publiquei Pé de Pilão, Lili inventa o mundo, Sapo amarelo, Nariz de vidro, não tive nenhum problema [...]"

2 comentários:

  1. Irene!
    Que satisfação senti ao ler sua mensagem. Fico feliz que Girafamania tenha te servido de inspiração... Entretanto você já possui o espírito colecionista desde sempre... Encontrar a quadrinha de Mário Quintana é uma das provas de sua alma eloquente... A história das xícaras salvas da II Guerra Mundial comove... Assim como a do geólogo que virou artista... Adorei ler!
    Irene, senti falta de uma coisa: não encontrei a imagem da nº 1... Ah! "Invejei" sua decisão em se desfazer das xícaras com propagandas e ficar somente com as outras... Como você conseguiu fazer isso? (risos) No meu caso, esta seleção acontece, mas ao contrário de você, desfazer-me de alguma girafa significa encaixotar a peça e guardar num esconderijo... Jamais conseguiria dar... Neste caso sou muito egoísta. Seria como arrancar um pedaço de mim... Só sinto que tenho "salvação" porque enxergo minha própria inveja... quem sabe um dia eu consiga doar nem que seja uma única girafa... (risos)
    Penso como você escreveu "Além de terem uma história própria, as xícaras de minha coleção acabam fazendo parte de minha história, pois me lembram momentos felizes, lugares, histórias, pessoas queridas..."; e acrescento o aprendizado, pois graças à coleção estudamos, observamos a vida, pesquisamos até nós mesmos, assim vamos juntando experiências, conhecimentos...
    Eu sou meio suspeito em falar sobre o significado intrínseco do colecionismo... porque sou apaixonado por isso. Qualquer coleção resulta de um espírito empreendedor, iniciado... É uma utopia, mas gostaria que todas as pessoas sentissem e compreendessem isso... aliás, quiçá o colecionismo fosse matéria do primário, não é!?
    Parabéns por sua coleção e obrigado por compartilhar seu mundo, você, suas histórias. Sucesso com Só Xícaras! Beijos e inté,
    Sérgio Sakall
    www.girafamania.com.br
    PS: Não encontrei nenhuma xícara-girafa em sua coleção, tampouco uma girafa em alguma xícara... Será que elas foram banidas juntamente com a outra chícara? (risos)

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  2. Oi, Sérgio:
    Vou ser repetitiva e dizer "que satisfação senti ao ler a sua mensagem" (risos). Vindo de você, um especialista em net e coleções, é gratificante pensar que posso ter acertado no meu trabalho. Além disso, é uma delícia receber comentários.
    A nº 1 - Veja lá no primeiro post. A foto que ilustra é da nº 1, mas, tendo em vista que não está fácil de ser identificada, eu voltei e coloquei uma legendinha.
    Quando a me desfazer de algumas, tenho que confessar que me arrependi, mas não tinha mais jeito. Assim mesmo, conservei algumas de propaganda (por exemplo, uma xícara da empresa de construção que foi o 1º emprego do meu filho; outra que ganhei de um garçon de um restaurante em Havana, escondido do gerente, depois que expliquei sobre a coleção).
    Mesmo não sendo matéria do currículo do primário, creio que as pessoas aprendem mesmo naquela época. Minha primeira coleção foi de lápis de propaganda, quando eu estava lá pelo 3º ano (e eles não tinham custo, eram dados gratuitamente). Não tenho mais nenhum deles, afinal, lá se vão "xx" anos (risos).
    É, não tenho mesmo nenhuma xícara com girafa (nem chícara!). Mas vou procurar e prometo, se encontrar, consigo duas: uma para mim e outra para você.
    Grande abraço.
    Irene Jardim

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