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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Um chá bem forte e três xícaras

O conto tem início com a personagem Maria Camila a observar uma borboleta que pousa em uma rosa. Os dois símbolos empregados são representativos da efemeridade – a borboleta tem uma vida média de dois meses e a rosa, a duração de apenas alguns dias. A beleza é efêmera, assim como a vida e o amor, numa analogia com a situação que Maria Camila, a personagem central, está enfrentando. O conto se estrutura através do dialogo de Maria Camila com sua empregada, a Matilde, enquanto aguarda uma visita com quem tomará um chá. O narrador emprega o diálogo entre as personagens, sobre temas banais – a observação da borboleta e da rosa, o conserto da alça do avental, servir ou não o chá, para chegar ao tema realmente importante da história, o fato de que sua visita é uma jovem, que, supostamente, é amante do marido de Camila. O nervosismo de Maria Camila é traduzido em alguns gestos, principalmente relacionados às suas mãos: “Suas mãos tremiam.”, “as mãos fechadas”, “tentando dominar o tremor das mãos”. A mulher esforça-se por permanecer controlada, mas é possível perceber-lhe a emoção, principalmente pela observação das mãos da personagem. Ao final do conto, Maria Camila acredita que o marido também aparecerá, “de surpresa”, para compartilhar daquele chá com sua jovem rival. Camila não sabe o que fazer, como deve agir, mas, de qualquer maneira, resolveu enfrentar o problema, e pede à sua empregada que coloque mais uma xícara a mesa. O conto retrata, de forma realista, a passagem/inexorabilidade do tempo, fatores aos quais o ser humano está à mercê, e como as relações amorosas sofrem a influência da passagem implacável do tempo, que valoriza o novo em detrimento do que é velho, do que é passado (Sinopse preparada por Guilherme Rodrigues, do Colégio UNIMAX – Montes Claros, MG).
Este conto faz parte do livro Antes do Baile Verde

Autora: Lygia Fagundes Telles Editora Companhia das Letras
Última Edição: 2009
1ª edição brasileira: 1970
Teve, ainda, uma edição em Portugal (1971) e foi traduzido para francês (1989), russo e tcheco.

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