xícara - cup - taza - Кубак - vaso - coppa - kopp - الكأس - tasse - beker - fincan - גלעזל - κύπελλο - pehar - чаша - kupillinen - cawan - чашка - kop - koppie - kikombe - գավաթ - chávena - filxhan - kopa - কাপ - 컵 - kup - kuppi - カップ- cốc - inkomishi


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cerâmica

Os cacos da vida, colados, formam uma estranha xícara.
Sem uso,
Ela nos espia do aparador.

Carlos Drummond de Andrade

Xícara brasileira

Xícara de chá, marca Porcelana Real (São Paulo), Brasil, com friso e asa dourados

Um Lamborghini Gallardo apoiado sobre quatro xícaras

Para demonstrar a resistência de sua nova coleção de xícaras, uma loja de Toronto, Canadá (a William Ashley China) colocou na frente da loja uma enorme mesa, com um aparelho de chá e um Lamborghini Gallardo (1430 kg). O carro era sustentado por quatro xícaras (uma embaixo de cada pneu) . Ao lado havia uma plaquinha dizendo: "E essas xícaras são para uso diário".
Esta notícia foi veiculada em setembro de 2006 e está em vários sites da net.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Paul Cezanne

Duas obras de Paul Cezanne, pintor pós-impressionista francês (1839-1906)
(1) The buffet (1873-1977), atualmente no Szepmuveszeti Muzeum, em Budapest
(2) La femme à la cafetière (1895), quadro atualmente no Musée d'Orsay, em Paris

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Xícara Japonesa

Xícara japonesa "casca de ovo". Marca "Dai Nippon"
Foto: Lucas Macedo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Museu International de Xícaras de Café - Posio, Finlândia

O Kansaivalinen Kahvikuppimuseo está localizado em Posio, na Finlândia.
Este museu (único no mundo) foi aberto em 1989 e tem mais de 2000 xícaras de café, de mais de 80 países (estatística de 2009).
O pequeno país do Norte consome cerca de 20 milhões de chávenas de café por dia, fazendo da Finlândia o país com o maior consumo de café a nível mundial. Para os finlandeses o café é mais do que um simples refrescante líquido. Está sempre presente nas festas e no comum dia a dia, tendo um lugar especial na cultura e nas tradições do país.
Até parece o Brasil!
As fotos aqui colocadas são do site http://sartenada.wordpress.com

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Xícara brasileira



Xícara de chá da Porcelanarte (Paraná, Brasil). Frisos e asa dourados. (Foto: Lucas Macedo)

Mudei-me de casa

[...] Quando desfiz setenta e cinco anos mudei de casa mais uma vez. Minha mãe, se fosse viva, não teria aprovado. A experiência de mudar lhe causava medo. “Casa de morada”, nos tempos idos, era um lugar estável, seguro, para onde se podia sempre voltar. Ela estaria lá, onde sempre esteve. Em alemão existe a palavra “umheimllich” que significa, literalmente, fora do lar, “heim”= lar, perdido numa terra estranha. Mas ela tem um sentido existencial de coisa sinistra... Quando a minha mãe falava “lá em casa” ela não estava se referindo à casa onde nós morávamos. Estava se referindo ao sobrado colonial centenário, vidros coloridos, tábuas largas no chão, sólido e eterno como a casa de Jaspers. Quando ela se casou ela saiu da “casa” e foi morar no “umheimlich”. Acho que durante a vida toda ela sonhou com a volta... Se pudesse ela desfaria a mudança para deitar raízes na casa antiga... Todo desenraizamento é “umheimlich”.
Ela sempre repetia como certeza além de qualquer dúvida: “Velho não pode mudar de casa senão morre...” E essa lei anti-mudança valia para tudo, de canecas a casas. Uma vez, passando uns tempos na minha casa, recusou-se a tomar o café com leite matutino em canecas, como era nosso hábito. Como explicação ela disse simplesmente: “Não estou acostumada...” Mas, que diferença faz tomar o café com leite numa caneca ou numa xícara? Pra ela fazia. A xícara e o pires continham um lar. Providenciamos então a xícara e o pires: aí ela tomou com prazer o mesmo café que todos nós tomávamos na caneca. Estava em casa...


Texto extraído de crônica de Rubem Alves (Boa Esperança, MG, 1933) publicada no Correio Popular (Campinas, SP) em 20-9-2009
Se quiser ler a crônica inteira (vale a pena!), acessar http://zelmar.blogspot.com/2009/09/mudei-me-de-casa.html

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Xícara chinesa

Xícara proveniente da China, sem marca, frisos e asa dourados.

Xícara holandesa






Esta xícara para chocolate da marca Blaur (pintada à mão) veio da Holanda, trazida pela Roberta Gaio, que lá esteve em um congresso de Educação Física em 2002.

O desenho é bem característico.


As duas velhinhas

Duas velhinhas muito bonitas,
Mariana e Marina,
estão sentadas na varanda:
Marina e Mariana.

Elas usam batas de fitas,
Mariana e Marina,
e penteados de tranças:
Marina e Mariana.

Tomam chocolate, as velhinhas,
Mariana e Marina,
em xícaras de porcelana:
Marina e Mariana.

Uma diz:"Como a tarde é linda,
não é, Marina?"
A outra diz: "Como as ondas dançam,
não é Mariana?"

"Ontem, eu era pequenina",
diz Marina.
Ontem, nós éramos crianças",
diz Mariana.

E levam à boca as xicrinhas,
Mariana e Marina,
as xicrinhas de porcelana:
Marina e Mariana.T

Tomam chocolate, as velhinhas,
Mariana e Marina,
em xícaras de porcelana:
Marina e Mariana.

Cecilia Meireles (Rio de Janeiro, 1901-1964)

Segundo informação contida na Revista da Academia Brasileia de Letras, Cecília colecionava objetos de arte popular. Durante um certo tempo também colecionou xícaras e colheres de café, mas depois desistiu: “Hoje o café se tornou tão ruim, que não vale a pena colecionar seus acessórios”.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Restaurante bate recorde com xícara gigante de chocolate quente

Fotos: Reprodução/NBC
Um restaurante de Nova York (EUA) entrou no dia 9 de novembro de 2009 para o Guinness, livro dos recordes, ao fazer a maior xícara de chocolate quente do mundo. Foram utilizados 5,44 quilos de pó de chocolate, 7,5 litros de creme de leite e 450 gramas de chocolate raspado fino. A xícara utilizada tinha 35,56 cm de largura e 28 cm de altura.
Notícia publicada originalmente no http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A xícara de Dona Maria

Era muito elegante, de fina porcelana branca, e eu senti-me muito honrada quando, logo na Primeira Classe- foi minha professora durante toda a Primária- fui escolhida para, todos os dias, por volta das dez horas, a levar à Deolindinha, a empregada da Escola, para que nela vertesse o chá preto que a D. Maria havia de tomar. No fim, levava-a para que fosse lavada, e, então , guardava-a, dentro de um saco de papel, no armário, onde no dia seguinte, à mesma hora, a iria buscar, para que se repetisse o ritual...

Cristina Mendes Ribeiro (Portugal, junho de 2008).
Postado originalmente em
http://estadosentido.blogs.sapo.pt/107788.html

Fernand Léger


A xícara de chá (1921)
Quadro do pintor francês Fernand Léger (1881-1955), adquirido por Tarsila do Amaral, conhecida pintora brasileira que, segundo alguns críticos, tinha muita afinidade artística com o pintor. A obra foi posteriormente vendida a colecionadores suiços. Pena que não ficou no Brasil.

Circuito Fechado

Vejam que interessante este texto, escrito só com substantivos. Em uma primeira olhada parece que apenas um aglomerado de palavras, mas uma observação mais cuidadosa mostra uma coerente descrição do cotidiano de uma pessoa. E as xícaras estão ali, sempre presentes, o dia todo.

Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

Ricardo Ramos (1929-1992), o autor, era filho do escritor Graciliano Ramos e excelente contista.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

The Metropolitan Museum of Arts, Nova York, EUA

(1) Pires e xícara de porcelana, confeccionados pela Imperial Porcelain Manufactory (São Petersburgo, Rússia). /A letra do Alfabeto Cirílico E/II [Ekaterina], marca pessoal da Imperatriz Catariana, a Grande, está gravada nas costas do pires.
(2) Pires e xícara Chineses de porcelana do período 1840-1875.
(3) Xícara com tampa e pires, confeccionados pela Imperial Porcelain Manufactory (São Petersburgo, Rússia) para a Imperatriz Elizabeth Petrovna, por volta de 1760.
(4) Conjunto para café da manhã (dejeneur) de 1813. Confeccionado pela Sèvres Manufactory (França), ele foi presente do Imperador Napoleão I para a princesa Auguste-Amélie, sua nora, em 1º de janeiro de 1814.

Café com coração ou chá para dois

Estes dois desenhos de Araken Martins (desenhosdearakenmartins.blogspot.com) intitulados Café com coração e Chá para dois, inspiraram a poesia de Beatriz Vicentini (2007)

CAFÉ COM CORAÇÃO OU CHÁ PARA DOIS
Vamos conversar?
Café ou chá tanto faz
Mas vem dividir o coração, a alma, a vida.
Não deixa a bebida esfriar, não deixa o vento levar
Não a deixa respingar, não deixa o tempo passar.
A gente pode até deixar uma gorjeta
pro garçom nos ignorar.
Mas vem, vamos conversar.
Sem gosto de café de máquina,
de chá de saquinho,
de adoçante artificial,
de guardanapo de papel.
Quem sabe, até com cheiro de café fresco,
coado no coador de pano
e um afago leve nos seus cabelos,
um beijo roubado, rápido e fugidio.
Vem, vamos conversar,
antes que alguém chegue e sugira:vamos tomar uma cervejinha
?


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Xícara japonesa

Xícara e pires de porcelana de formato incomum (quadrados). Sem marca.

Café Santo de Casa

Local de exposições, shows, happy hour e outros eventos situado na Casa de Cultura Mário Quintana
Oferece variadíssimo cardápio de cafés, chás, chocolates, petiscos para beliscar, sanduiches, refeições leves, sorvetes, doces e bebidas em geral

Endereço: Rua dos Andradas, 736 - 7º andar
Porto Alegre, RS
cafesantodecasa@gmail.com

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Cafélier


O nome da Cafeteria, situada bem perto do Convento do Carmo (Rua do Carmo, 50 - Bairro de Santo Antonio), em Salvador, é bem sugestivo: Cafélier (uma junção de café e atelier).
Suas janelas se abrem para a Bahia de Todos os Santos, numa vista encantadora. Além do ótimo atendimento e do cardápio variado para degustações, o local tem um acervo bem selecionado de objetos de arte e artesanato, para exposições e também para compras.

Em 1997 o Cafélier abrigou uma exposição de xícaras intitulada “Um brinde ao café”, que reunia xícaras antigas dos séculos XIX e XX e xícaras feitas por artistas plásticos do Pelourinho (alguns exemplares ainda estão expostos lá).

A propósito da exposição, Jorge Amado disse:
“Numa xícara de café pode-se colocar a beleza do mundo;
numa xícara de café pode-se sentir o sabor amargo e doce da vida.”

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A xícara

O que vou fazer com este café? Foi o que o meu irmão pensou, ao sentir um cheiro de barata na xícara que o dono da casa acabara de lhe entregar. Não suportava cheiro de baratas, bicho que sempre lhe causara nojo. No meio daquela sala cheia de gente, tomou consciência de que precisava jogar o café fora. Hesitou por um instante. Mas logo compreendeu que a sua decisão era irrevogável. Estudou a questão e concluiu que a única maneira de jogar o café fora, seria disfarçadamente, para que ninguém notasse. Primeiro, porque o dono da casa era seu amigo e não queria lhe fazer uma desfeita. Segundo, porque não queria passar pelo embaraço de ser pego jogando a bebida fora.

Havia na sala mais de vinte pessoas, todas conhecidas. Tomavam café numa reunião política, no interior do estado. Não havia cadeiras para todo mundo. Algumas estavam sentadas à mesa, enquanto outras, em número bem maior, estavam em pé. Ele, num canto da sala, não falava com ninguém. Calado, esforçava-se para encontrar uma solução para seu problema. Precisava fazer algo urgente, mas o que? De repente, sua atenção se prendeu a uma janela basculante, no fundo da sala. Aquele achado o convenceu de que tinha encontrado a solução procurada. Por vários segundo olhou a janela, quando foi atingido, pela agradável sensação de que era ali, o local certo para se livrar do café.

Entretanto, precisava ir até lá, pensou. Imaginou, pela posição em que estava, que se chegasse até a janela teria a chance, em poucos minutos, de resolver o pro-blema. Pôs-se a estudá-la, antes mesmo de se decidir caminhar na sua direção. Talvez desse para o quintal ou para algum um outro lugar. O importante é que seria um bom local para jogar o café fora. Como havia muita gente entre ele e a janela, planejou chegar até ela, deslocando-se no meio das pessoas, bem devagarzinho, sem levantar suspeita.

E assim, entre sorrisos e acenos de cabeça, pediu licença às pessoas a sua frente e lentamente se moveu em direção da janela, parando às vezes para conversar ora com um ora com outro. Para que não desconfiassem de sua intenção, a cada passo, soprava o café já frio e fingia que o tomava, fazendo todos os ruídos apropriados. Só não entendia como é que aquela gente conseguia tomar café com cheiro de barata.

Caminhava lento e pensativo até que, finalmente chegou junto à janela. Disse para si mesmo, antecipando a vitória: Até aqui, tudo correu bem. Olhou por entre as grades da janela e viu que o quintal era cercado por um muro alto. Depois, verificou em volta com muito cuidado, pela última vez, se alguém o observava. Ninguém.

Fechou os olhos e sem pensar duas vezes, jogou o café pela janela com toda a força que pôde reunir. Ficou orgulhoso de sua proeza. Sentiu até vontade de gritar, de bater palmas, de se aplaudir, comemorando sua esperteza. Mas, ficou gelado ao descobrir que a xícara tinha duas partes. Uma delas, o suporte metálico que estava em sua mão. A outra, a de porcelana, ele acabara de jogar fora junto com o café.

Vanderlei Antônio de Araújo
Goiânia (GO), 2009

Adélia Prado

2 quadrinhas de Adélia Prado, escritora nascida em Divinópolis, MG em 1936. Seus textos retratam o cotidiano. "Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo: esta é a lei, não dos homens, mas de Deus. Adélia é fogo, fogo de Deus em Divinópolis" (Carlos Drumond de Andrade).

Trégua
Hoje estou velha como quero ficar.
Sem nenhuma estridência.
Dei os desejos todos por memória
e rasa xícara de chá.

Sonho
Hoje eu acordei como sempre quis.
Já não dou meus sonhos

por uma xícara rasa de chá.

Xícara alemã (2)

Xícara de café da marca Bareuther (Bavária), com interior dourado
e foto de Freiburg no fundo. Presente de meu irmão e cunhada.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Henri Matisse

Henri Émile Benoît Matisse (1869-1954) foi um pintor francês conhecido pelo uso da cor e pelo uso original e fluido do desenho. Como desenhista, gravador, escultor e, principalmente, como pintor, é reconhecido como um dos maiores artistas do século XX.

(1) Laurette's head with a coffee cup (1917) - pintura atualmente no Kunstmuseum, em Solothurn (Suiça) (2) The black table (1919) - pintura pertencente a uma coleção particular.


(3) Laurette with a coffee cup (1916). Essa pintura, pertencente a uma coleção privada, apareceu na primeira página dos maiores jornais do país para divulgação da exposição "Matisse Hoje", realizada de 5 de setembro a 1 de novembro de 2008 na Pinacoteca do Estado (São Paulo). Foi a primeira vez que São Paulo recebeu uma exposição do artista.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Xícara alemã (1)

Xícara de café, de porcelana branca, com frisos verdes da marca Meissen
Reparem no desenho diferente da asa da xícara

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A letra X


Este livro, destinado ao público infantil, é uma espécie de cartilha em que o poeta brinca com as letras do alfabeto, conciliando aprendizado e diversão. É um livro infantil, mas agrada a crianças de 8 a 80 anos A partir da clássica fórmula do "bê de bola", o poeta gaúcho usa todos seus recursos de linguagem para desenvolver versos que alfabetizam enquanto encantam.. Nesse livro que alia alfabetização lúdica e poesia, há mais coisas para aprender e para apreender do que apenas o alfabeto. Uma delas é a própria poesia. Cada letra se torna uma estrofe e nessa estrofe a letra em questão é apresentada e, em seguida, usada mais de uma vez.

A primeira edição do livro foi lançada em 1948, a 2ª em 1983, a 3ª em 1984, a 4ª em 1997 e a 5ª em 1999.

Em 2009 foi publicada pela editora Globo uma nova edição, que segue as normas da reforma ortografia e tem belíssimas ilustrações de Rosinha.

Notícia importante: em novembro do mesmo ano foi lançada, pela produtora de Porto Alegre “aprata”, a coleção Braille Quintana, com os livros: Batalhão das Letras, Pé de Pilão e Lili Inventa o Mundo.

Por que falo tudo isso?
Porque chamou a minha atenção, especialmente, a página 27, destinada à letra X, que reproduzo ao lado.

Sobre o verso desta página, há uma interessante estorinha, contada pelo próprio Mário Quintana em entrevista à Rádio FM Cultura de Porto Alegre em 1990: “O Batalhão das Letras foi o meu primeiro livro infantil. Foi em 1948, na época da ditadura. A Secretaria de Educação não gostou de uma quadrinha que fiz em referência à letra 'x':

'Com um x se escreve xícara,
com x se escreve xixi,
não faça xixi na xícara,
o que irão dizer de ti!'.

A secretaria aconselhou os colégios a não adotarem o livro. [...] Depois, os círculos oficiais amadureceram. Quando publiquei Pé de Pilão, Lili inventa o mundo, Sapo amarelo, Nariz de vidro, não tive nenhum problema [...]"

Por detrás de uma xícara de café

Organizadora: Mara Luiza Gonçalves de Freitas
Editora Tangará

Para muitos, um dos grandes prazeres é degustar uma saborosa xícara de café. No entanto, a maioria não sabe a história desse produto que é o mais vendido no mundo, só perdendo para o petróleo. Com a missão de levar às pessoas um pouco mais de informação sobre a história da bebida, A coletânia aqui apresentada traz aos leitores os últimos 17 anos da cadeia agroindustrial do café, oferecendo uma importante reflexão sobre seus diversos elos, sob a perspectiva dos cafés especiais, indo do grão à xícara e avançando ainda sobre o meandro das instituições, dos comércios internacional e nacional, da sustentabilidade, da rastreabilidade e dos modos de consumo. “Tudo a partir de uma compilação de artigos científicos das áreas de administração e economia, produzidos por 32 renomados pesquisadores brasileiros que participaram da coletânea”, ressalta a organizadora Mara Luiza.

Xícara de ouro



O conjunto, fabricado na China, é constituído de peças de porcelana e decorado com ouro 24 quilates e 2 diamantes em cada peça, o que o torna único no mundo.

O trabalho, em edição limitada, custava US$ 45 mil (em janeiro de 2009) , isto é, cerca de R$ 85 mil.

Notícia publicada originalmente no www.webluxo.com.br

A Bela e a Fera

Musical da Disney, de 1991, conta a história de uma jovem bela e brilhante que se torna prisioneira de uma fera malvada em seu castelo. Apesar da terrível situação, Bela se torna amiga dos habitantes do castelo encantado — uma xícara de chá, um candelabro e um relógio, entre outros e, por fim, aprende a ver além do exterior da Fera e descobre o coração e a alma de um príncipe.
Zip, a xicarazinha, é o filho de Madame Samovar (o bule) e como toda criança está sempre aprontando. Quando descobre que Bela vai embora do castelo, ele se esconde dentro da bolsa dela e só sai de lá quando chegam na casa da garota. Ele tem um papel importante na história, porque sem ele Bela não chegaria ao castelo e a Fera morreria. É o único objeto do castelo que chama Bela pelo nome, todos os outros se referiam a ela como mademoiselle ou garota.

Recebe, em inglês, o nome de Chip (lasca), pelo fato de ela ser lascada. Na versão em português, seu nome foi adaptado para Zip.

A montagem teatral da estória, apresentada originalmente na Broadway, em New York, já foi feita no Brasil duas vezes. O musical ficou em cartaz de 20 de junho de 2002 a dezembro de 2003, no Teatro Abril, em São Paulo, e voltou a ser encenado a partir de 30 de abril de 2009 até 8 de novembro de 2009, com um novo elenco. Eu assisti na primeira temporada.

Xícara inglesa

Xícara de chá da marca Tuscan China (Inglaterra)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A xícara de louça

[...] O meu objeto preferido, por incrível que pareça, é uma xícara de louça, com o pires, dessas que deviam ser moda lá pelos anos 50. Bibelô de estante. Melhor, ela foi toscamente remendada na asa com cera. Mas sim, é ela a minha preferida.

A tal xicrinha não foi minha a vida inteira. Ela ficava na casa da minha bisavó, de piso de madeira, cozinha de vermelhão e cheiro de sonhos frescos. Eu ia lá todo domingo com os meus avós para visitá-la.

Ela era maior do que aquela casa e que as coisas que viveu. Dessas pessoas que correm mundo sem sair do sofá: entendia de História, Geografia, Astronomia... Com ela, eu aprendi o valor de um livro, assim como o de uma oração feita com verdade.

Há oito anos, eu me vi em frente a uma caixa de coisas dela. E tasquei o que podia para mim (que não tinha muito crédito, por ter treze anos): a tal xícara remendada da estante, colada por ela mesma, com a catarata atrapalhando o conserto.

Delicadeza, carinho, zelo...e um cheiro de sonhos frescos

Stela Tannure, janeiro de 2009
http: banalogiaeinutilidades.blogspot.com

Xícara ou chícara?

O Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (PVOLP), elaborado pela Academia Brasileira de Letras em 1943 (em vigor até hoje) e publicado pela Imprensa Nacional em 1944, traz as duas formas: xícara e chícara. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) de 1981 e 1998 traziam a dupla grafia para a palavra, do mesmo modo que Xuxu e Chuchu, Xixi e Chichi. Entretanto, a partir de 2004 chícara já não aparece mais no VOLP, de modo que podemos afirmar que os dicionários modernos não registram a forma "Chícara".

Um humorista, brincando com as palavras, afirmou: Xícara é da Xuxa e Chícara é da saCHA.

Mary Cassat

Mary Cassat (1844-1926) é uma pintora impressionista americana de grande sensibilidade. Ela retratava principalmente mulheres e crianças. Coloco aqui quatro quadros com xícaras dessa importante artista.

(1) Lady at the tea table (1883-85) (2) The cup of tea (1979)

Estes quadros estão no Metropolitan Museum of Arts, de Nova York

(3) Tea (1880) (4) Breakfast in bed (1897)

Quadros do acervo da Huntington Library and Art Collection, de Los Angeles, California

domingo, 3 de janeiro de 2010

O gato da xícara de chá

Autora: Anna Flora
Ilustrações: Luiz Maia
Editora: Salamandra

Resenha: O animal desta delicada história é um gato que vivia no fundo de uma velha xícara de chá, guardada no armário da avó de uma menina.
O que essa menina mais gostava de fazer quando passava férias na casa da avó era tomar chá nessa xícara, só para espiar o gato pintado no fundo.
Imagine só a aventura que a menina viveu quando, uma noite, depois ter ouvido a história da Chapeuzinho Vermelho, acordou de madrugada com o próprio gato da xícara, convidando-a para um passeio muito especial.
Juntos, os dois voam sobre os telhados da China, conhecem o velho imperador e até visitam uma fábrica de xícaras!
(Resenha feita pelo Programa Nacional Lendo e Aprendendo do Governo de São Paulo).

Sobre a autora:
Anna Flora nasceu em São Paulo. Formou-se em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e é mestra em Teatro pela Universidade de São Paulo. Já publicou mais de 28 livros, entre eles, dois dos que compõem a Coleção Pulo do Gato (Salamandra), criada em parceria com a autora Ruth Rocha.

Zé Coco e seu espírito humorístico

O sr. José Alves de Oliveira era conhecido na cidade de Boa Esperança pela alcunha de Zé Coco. Ele era tabelião do 1º ofício do fórum local, morava na rua direita, que por sinal era próxima do seu local de trabalho. Zé Coco era humorista nato. Se fosse hoje, no tempo da televisão, ele faria o maior sucesso devido sua inteligência e presença de espírito. Sua vida daria um livro de muitas páginas, porém, aqui nas "Passagens" registramos três das mais pitorescas das quais ele fora protagonista. [...]
Doutra feita, chega à casa do Zé Coco um fazendeiro amigo dele, daqueles de mãos calosas, rudes mesmo. A esposa não estava e o Zé cisma de oferecer-lhe um café. E vai que a xícara que ele vê mais fácil é a do jogo de porcelana importada que a esposa tinha o maior ciúme. Quando ele põe o café e serve ao amigo, a xícara cai e se espatifa. Na hora, foi à cozinha e pegou uma xícara das comuns, serviu o café novamente e pronto. Ficou por isto. Mas a esposa notou, dali uns dias, a falta da xícara no jogo. Pergunta à empregada e essa lhe relata o ocorrido. Quando o Zé Coco chegou do fórum ela foi recebê-lo quase com um cabo de vassoura.
- Mas, o que é isso mulher?
- Quero que me responda como teve coragem de quebrar uma xícara do meu jogo de porcelanas? - Não fui eu - respondeu-lhe - foi o compadre Batista.
- Mas, como?
Ele teve que explicar os detalhes tim-tim por tim-tim. Isso, muitos dias depois ainda tinha que repetir a história, até que um dia ele desesperou-se e pediu-lhe outra xícara. Ela já desconfiada traz-lhe uma xícara comum. Ele:
- Não, traga-me uma do jogo.
A esposa trouxe.
- Sirva café - serviu.
- Agora me dê.
Quando a esposa estendeu-lhe a mão para entregar a xícara ele faz que pega e deixa cair, quebrando outra.
-Aí. Viu? Foi assim. [...]

Extraído do livro “Passagens pitorescas da vida” de José Osvaldo de Siqueira (contos)

Azul pombinho (blue willow)

Xícara de chá da marca Myott (Inglaterra)

São denominadas ‘azul pombinho’ (blue willow) as louças em meia porcelana, normalmente em azul, cuja decoração é baseada na lenda chinesa do salgueiro, árvore sempre presente na decoração desta louça, que é fabricada na Inglaterra desde 1858. Algumas fábricas japonesas e da Europa também usam atualmente essa decoração, mas a maioria é inglesa.Lenda do salgueiro: um certo mandarim tinha uma leal e devotada filha, de rara beleza. Certo dia ele descobriu que ela estava apaixonada por um carteiro que lhe fazia a corte. O mandarim expulsou a filha de casa e rogou-lhe uma praga: ao ser trocado o primeiro beijo pelo casal eles se transformariam em 2 pombos [ver a parte superior do prato]