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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

A xícara de café


Vagando entre o sonho e a realidade,
mergulho os pensamentos
na xícara de café,
quebro uma casquinha de pão nos dentes
no lirismo das 4 da tarde.


A cafeteria num ponto mágico
me traz a luz da rua
e a energia vital
desprendida das coisas paradas,
é como se eu pudesse ver
as verdades alheias.



Movimento da rua
feito de passos largos
e um homem inerte
que capturo com o olhar
em silêncio num banco,
momento que pressinto
paz e calmaria.



Mergulho os olhos na
xícara de café
imóvel
a colher move
meus olhos parados...



A xícara e o café
de um se faz o outro
eternos...
Encanto que me tira
a pressa
e me faz desperta e atenta,
apaziguada e viva.



Ao redor da xícara de café,
há uma folha mágica,
de onde os versos emergem
e oculta a realidade,
provocando minha alma
para contar minha história:
a fala do silêncio,
de quem caminha sozinha.


                                    Rosemary Chaia

Rosemary Chaia nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerias, e se mudou para São Paulo em 1996. Graduou-se em Letras e Filosofia. É poeta e escritora. Tem dois  livros publicados: Sol de Primavera e Uma Vírgula. Foi professora de Língua Portuguesa pela rede municipal e particular em Juiz de Fora e pela particular em São Paulo. Atualmente dedica-se à Literatura.

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