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segunda-feira, 1 de março de 2010

Novo dilúvio

Um aparelho de barba cego
não é mais triste
do que a escova de dentes esquecida

sentimento de que tudo se foi.

Um sabonete com as marcas
do último abraço
laços jogados para sempre no túnel escuro

do infinito

Uma xícara partida em cima da mesa
sangrando perdas e sorrisos
é apenas um lapso indizível

da vida

Chinelos revisitados
são transeuntes de um coração
exaurido,

consumido pelo dilúvio.

O amor
é um cadafalso
em cada corpo.

Poema de Angel Cabeza, laureado com menção honrosa no I Concurso Nacional de Poesia Alberto de Oliveira, organizado pela Prefeitura Municipal de Saquarema, RJ .O júri, coordenado pelo escritor João Costa, foi composto por Dulce Tupy, João Galvinício e Camilo Mota.

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