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quinta-feira, 10 de março de 2011

Uma xícara de angústia

Entrou sorrateira
De mansinho
E sentou-se na mesa ao lado da minha
Na vida

Pediu uma xícara de porcelana
Imaculada
Vazia de nada

Que encheu de angústia
Adoçou com amargura
E mexeu
Com a colher
Da poesia
Por entre vapores de Baco
E baforadas de tabaco

E despediu-se
Sem alegria

Quando eu já bebia
De pé
A minha xícara de ansiedade
E de café

Assim remexeu
Comigo
Aquela mulher

Tanto que a impressão carmim
Dos seus lábios
Rubros de sensualidade
No bordo da xícara de porcelana
Imaculada
Permanece
Indelével
Dentro de mim

Vale de Salgueiro, Portugal, 2009
Henrique Pedro
Esta poesia se chama, originalmente, "Uma chávena de angústia", pois foi escrita em Portugal (onde a palavra xícara é traduzida para chávena). Eu tomei a liberdade de trocar a palavra para nosso português, mas, notem ... só troquei esta palavra.

3 comentários:

  1. Oi, Suzete (ou Maria?)

    também achei linda, por isso resolvi partilhar.

    Em tempo: obrigada por sua visita e por ser uma das seguidoras do meu blog. Fiquei muito satisfeita, principalmente depois que fui visitar o seu e vi seus lindos trabalhos.

    Volte sempre.

    Bjs.
    Irene

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  2. Enquanto autor do poema vertente sinto-me muito honrado coma a sua transcrição. O termo "xícara" também é corrente em Portugal mas diria que, sem que tenha feito pesquisa sobre o assunto, mais usado, modernamente, será "chávena".

    Grato

    Bj

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