Durante muito tempo acreditei que falar sobre xícaras seria falar sobre perfumaria.
Mas em se tratando de café, o recipiente em que é servido influencia sua apreciação! Demorou, mas percebi mais essa nuança no hábito de tomar e apreciar cafés.
Três fatores podem ser considerados na hora da escolha: formato, material e aparência.
Se for para tomar um café filtrado, o mais comum no cotidiano da cultura brasileira, sugiro uma xícara feita de vidro térmico e tamanho médio. A boca larga e o formato de concha são melhores para cafés de garrafa térmica, feitos em grande quantidade, e, geralmente, bem quentes. Assim, o risco de queimar a boca é menor. Além disso, café pelando é prejudicial ao paladar.
Variações podem ser feitas em virtude da temperatura ambiente ou da intensão de tomar a bebida rapidamente, ou aos mais lentamente. Quanto mais larga a boca da xícara, maior a superfície de contato com o ar, o que causa o resfriamento mais intenso, de acordo com a temperatura ambiente.
Para espressos, o raciocínio é semelhante em muitos aspectos. Entretanto, para essa deliciosa maneira de preparo, são preferíveis as xícaras de louça e pequenas. Há bonitas xícaras em vidro, mas esse material conserva menos a temperatura alta, o que é ruim para espressos, que vêm em quantidades pequenas. Quanto ao formato, as melhores são as cônicas, com a boca larga e o fundo estreito. Assim, podemos ver bem a cor e consistência do creme, e o principal, podemos apreciar bem o aroma.
Xícaras cilíndricas são ruins para espressos, apesar de serem o formato mais comum e fácil de encontrar à venda. Essas xícaras são boas para o famoso cafezinho, aquele feito em casa, em pequenas quantidades, mas para espressos são completamente inadequadas.Nesse caso, é importante uma exposição desproporcional da superfície, da bebida, que deve ser maior que a do corpo. Assim, não queimamos a boca, pois enquanto a parte exposta esfria, o restante permanece quente, esfriando à medida em que se bebe, sempre mais rapidamente na superfície.
Para mim, a xícara ideal para espressos, além de ser de louça e ter formato cônico, deve ter a borda espessa e arredondada, o que a torna mais confortável ao contato com os lábios. Entretanto, xícaras assim não são nada fáceis de se encontrar à venda. Eu mesmo, tenho apenas uma dessas de minha preferida:é a que era usada pelo Café do Ponto até há uns dois anos atrás. Eu a consegui comprando-a nessa própria cafeteria. E aqui fica uma dica, ou truque, para adquirir boas xícaras (a preços aceitaveis, geralmente): sempre que se goste de uma xícara em uma cafeteria, perguntar se estão disponíveis para venda. Boa parte das vezes, é possível, sim, adquirí-las, com pires, por 10 ou 15 reais, em média. Mas atenção: as cafeterias não costumam anunciar isso. É preciso perguntar!
Infelizmente, o Café do Ponto já não usa mais dessas boas xícaras. Foram substituídas por outro modelo (bom também, mas não como as antigas!).
Mas em se tratando de café, o recipiente em que é servido influencia sua apreciação! Demorou, mas percebi mais essa nuança no hábito de tomar e apreciar cafés.
Três fatores podem ser considerados na hora da escolha: formato, material e aparência.
Se for para tomar um café filtrado, o mais comum no cotidiano da cultura brasileira, sugiro uma xícara feita de vidro térmico e tamanho médio. A boca larga e o formato de concha são melhores para cafés de garrafa térmica, feitos em grande quantidade, e, geralmente, bem quentes. Assim, o risco de queimar a boca é menor. Além disso, café pelando é prejudicial ao paladar.
Variações podem ser feitas em virtude da temperatura ambiente ou da intensão de tomar a bebida rapidamente, ou aos mais lentamente. Quanto mais larga a boca da xícara, maior a superfície de contato com o ar, o que causa o resfriamento mais intenso, de acordo com a temperatura ambiente.
Para espressos, o raciocínio é semelhante em muitos aspectos. Entretanto, para essa deliciosa maneira de preparo, são preferíveis as xícaras de louça e pequenas. Há bonitas xícaras em vidro, mas esse material conserva menos a temperatura alta, o que é ruim para espressos, que vêm em quantidades pequenas. Quanto ao formato, as melhores são as cônicas, com a boca larga e o fundo estreito. Assim, podemos ver bem a cor e consistência do creme, e o principal, podemos apreciar bem o aroma.
Xícaras cilíndricas são ruins para espressos, apesar de serem o formato mais comum e fácil de encontrar à venda. Essas xícaras são boas para o famoso cafezinho, aquele feito em casa, em pequenas quantidades, mas para espressos são completamente inadequadas.Nesse caso, é importante uma exposição desproporcional da superfície, da bebida, que deve ser maior que a do corpo. Assim, não queimamos a boca, pois enquanto a parte exposta esfria, o restante permanece quente, esfriando à medida em que se bebe, sempre mais rapidamente na superfície.
Para mim, a xícara ideal para espressos, além de ser de louça e ter formato cônico, deve ter a borda espessa e arredondada, o que a torna mais confortável ao contato com os lábios. Entretanto, xícaras assim não são nada fáceis de se encontrar à venda. Eu mesmo, tenho apenas uma dessas de minha preferida:é a que era usada pelo Café do Ponto até há uns dois anos atrás. Eu a consegui comprando-a nessa própria cafeteria. E aqui fica uma dica, ou truque, para adquirir boas xícaras (a preços aceitaveis, geralmente): sempre que se goste de uma xícara em uma cafeteria, perguntar se estão disponíveis para venda. Boa parte das vezes, é possível, sim, adquirí-las, com pires, por 10 ou 15 reais, em média. Mas atenção: as cafeterias não costumam anunciar isso. É preciso perguntar!
Infelizmente, o Café do Ponto já não usa mais dessas boas xícaras. Foram substituídas por outro modelo (bom também, mas não como as antigas!).
Texto publicado no blog "Aprecie café" (http://apreciecafe.com) em 11-4-2011.
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