As chaveninhas da avó,
repartidas em partilhas
por netas, noras e filhas,
lembram-me as chávenas da feira
com tatuagem Lembrança
gravada a ouro na pança.
Todas elas são de saldo,
nunca a salvo,
todas vêm do desterro
e trazem no aro fino
um óculo cego, um destino,
um erro.
Anjos de uma asa só,
leve penugem de pó.
repartidas em partilhas
por netas, noras e filhas,
lembram-me as chávenas da feira
com tatuagem Lembrança
gravada a ouro na pança.
Todas elas são de saldo,
nunca a salvo,
todas vêm do desterro
e trazem no aro fino
um óculo cego, um destino,
um erro.
Anjos de uma asa só,
leve penugem de pó.
Poesia de Violeta Figueiredo, poetisa portuguesa nascida em Figueira da Foz, Portugal.
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