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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nas xícaras

Engraçado como parece que não é a gente quem vive, mas sim a vida que passa por nós. Esses dias eu lembrei de uma cena do filme Grande Menina, Pequena Mulher que é muito verdadeira. 
A história da cena é mais ou menos a seguinte: Ray fica arrasada e se lembra que quando sua babá, Molly, passou pelas mesmas dificuldades quando era criança ela foi até Coney Island e entrou no parque de diversões de lá. Como era muito pequena só a deixaram entrar sem um adulto no brinquedo das xícaras que rodam, e ela ficou por lá, rodando, rodando… Seguindo o exemplo de sua nova melhor amiga, Ray vai até o tal parque e entra no brinquedo, para ver o mundo rodando, rodando, rodando…
Lá pelo minuto 7:40 essa cena começa, para quem quiser conferir.  
Pois bem, essa sensação não é estranha para todos. Quem nunca desejou que o mundo parasse de rodar por um minuto até que você acerte seus pensamentos no lugar? Quem nunca achou que estava tudo acontecendo ao mesmo tempo e desejou que as coisas parasse do jeito que estivessem só por um segundo? 
Eu digo, sem vergonha nenhuma, que já fui assim, e já desejei isso. Hoje eu entendo que não dá para as coisas acontecerem no tempo que você quer, o mundo e a vida tem seu próprio tempo, e cabe a você saber usá-lo do modo que for melhor para você. Se precisar vá até a xícara e rode até que se sinta melhor. Só não permita que, depois de sair de lá, as coisas ainda estejam rodando para você. 
Às vezes é difícil, achamos que não vamos conseguir. Nessas horas temos que nos acalmar, respirar fundo e usar todo o apoio que pudermos, dos amigos, da família, do namorado… E sempre se lembram: a vida é uma só, e as coisas só acontecem uma vez. Cabe a nós saber ministrar nossos sentimentos e ações.
Marcela Bonazzi, abril de 2009
Publicado originalmente no blog "Pensamentos Ocasionais"

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