xícara - cup - taza - Кубак - vaso - coppa - kopp - الكأس - tasse - beker - fincan - גלעזל - κύπελλο - pehar - чаша - kupillinen - cawan - чашка - kop - koppie - kikombe - գավաթ - chávena - filxhan - kopa - কাপ - 컵 - kup - kuppi - カップ- cốc - inkomishi


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Uma xícara de chá

Com uma xícara de chá, um quite de remédios em mãos e passos vagarosamente arrastados sobre o longo corredor marmorizado, segue Odete para servir Genaro, seu esposo e companheiro com quem ostenta 55 anos de casamento.
Chegando ao quarto, Odete avista o leito vazio. Segue até o banheiro e nada.
_Ora, mas onde há de ter parado esse velho maluco?
Com vagarosidade, ela dá meia volta e caminha pelo corredor.
_Genaro, cadê você velho doido? Está na hora de seus remédios e seu chá vai esfriar!
Sai analisando quarto por quarto que seguiam a deriva do longo corredor.
_Onde é que está você?
A voz cansada e pastosa da velha começa a ganhar entonação mais voraz:
_Meu velho? Por que não me responde? Cadê você Genaro?
Mesmo debilitada, segue numa sutil inabilidade passos mais acelerados. A cada quarto que sai sem encontrar seu velho, acelera ainda mais sua aflição e motricidade, somando a uma respiração cada vez mais ofegante. Exaurida de todo o processo físico e mental, a Odete recosta sobre a parede do corredor com auxílio da mão direita e num súbito desequilíbrio a velha tomba no chão.
_Genaro, não me deixes mais uma vez!
Quando caída sobre o mármore, uma moça trajada de enfermeira lhe toca a face:
_Dona Odete, já falei pra senhora não sair do seu quarto sem a nossa ajuda.
_Mas e o Genaro?
_A senhora tem que aceitar que o senhor Genaro não está mais entre nós, e já faz um ano que ele se foi.

Emiliano Nunes, janeiro de 2009

Xícara isabelina


Xícara de café "caipira". Porcelana branca, com frisos dourados. Decorada com relevos e pintura à mão com flores em azul marinho, bordô e dourado. Pires e xícara pintados de rosa "pink".

quarta-feira, 27 de abril de 2011

UAU!!!

Hoje o meu blog atingiu a marca de
20 mil acessos!
e eu estou muito feliz.
Obrigada, amigos. Voltem sempre

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Xícara isabelina


 
Linda, cheia de detalhes, xícara de café "caipira". Porcelana branca, pintada à mão, com relevos em verde e dourado. Flor cor-de-rosa. 

Ada Eliza Tucker

Vejam se ele não é adorável! Como quem não quer nada, levanta a patinha e ela [a xícara] ali, indefesa ... desastre à vista!
Quadro da pintora inglesa Ada Elisa Tucker (1800-1900), intitulado "A little upset".

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Xícara guatemalteca

 
Xícara de café em cerâmica creme, sem marca. Pintada à mão com paisagem do país de origem e a inscrição "Guatemala". Pires com barra verde escuro. Presente de meu amigo Jorge Mesquita.

Pingado e pão na chapa

Autor: Luciana Mastrorosa
Editora: Memória Visual
Lançamento: 2010
Neste livro, a autora comenta os itens clássicos do café da manhã e fala sobre hábitos brasileiros e mundiais na primeira refeição do dia. Além disso, dá dicas para montar um brunch com a família e os amigos, sugere receitas e pratos para um café a dois e oferece ideias para um café da manhã festivo, sempre com receitas para acompanhar (sinopse Livraria Cultura).

A capa mostra o utensílio indispensável: a xícara.

Xícara japonesa


Xícara de café proveniente do Japão. Porcelana "casca de ovo" da cor creme (craquelada). Pintada à mão com flores grandes nas cores laranja, rosa, lilás e verde.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cabeçalhos da net


Blog de dois jornalistas especializados em política: Romoaldo de Souza e Ricardo Icassatti Hermano. Ricardo também é barista e provador amador e Romoaldo é juiz oficial da Associação de Baristas do Centro Oeste. Por aí já dá para vocês imaginarem qual o assunto principal do blog, o café, que eles abordam enquanto conversam sobre "assuntos e pessoas do momento".
E se falam de café ... claro que as xicaras estão presentes, explícitas e implícitas ...

Xícara brasileira


Xícara de café em estanho peltre, fabricada pela AMEARTE "John Somers", de São João del-Rei, MG. Foi comprada por mim na loja da fábrica em 1993.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Todo mundo tem ... e usa

ESTADISTAS
Estou chamando "estadistas" pessoas que têm se destacado na política em todo o mundo. Hoje estou postando fotos de:
1ª fila: Golda Meir (uma das fundadoras de Israel, ex-primeira ministra), Martin Luther King Jr (Americano, ativista de direitos humanos, ganhou o Prêmio Nobel da Paz 1964),  Margaret Tatcher (primeira ministra da Inglaterra de 1979 a 1990)
2ª fila: Dalai Lama (líder espiritual e temporal do povo do Tibet, Prêmio Nobel da Paz 1989), Angela Merkel (desde 2005 Chanceler da Alemanha e líder do partido), Tony Blair (primeiro ministro da Inglaterra de 1997-2007)

Xícaras japonesas


Dois conjuntos de xícaras adquiridos separadamente, da marca japonesa KKR, parecem pertencer ao mesmo serviço de chá e café. Em porcelana branca "casca de ovo", pintados à mão, com fundo rosa, frisos e bordas em marrom e asas asas douradas. Pintura típica japonesa, em relevo. O primeiro é de café. O segundo, de chá, eu já postei aqui há um ano atrás, no dia 12 de abril de 2010.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Xícara predileta

Dois amigos estavam passeando, até que um diz para o outro:
"Ei, amigo, vamos parar ali naquela casa e pedir algo para beber? Eu estou muito cansado."
E o outro disse:
"Está bem, vamos lá"
Eles bateram na porta e apareceu uma velhinha, que perguntou:
"O que vocês querem?"
E o rapaz:
"Eu estou com muita sede. Poderia nos dar algo para beber?"
"Claro!", disse a velha. "Entrem para aproveitar o café que eu acabei de fazer."
Eles entraram, e a velhinha serviu o café. Mas as xícaras eram muito antigas, muito velhas. Enquanto um dos amigos tomava o café normalmente, o outro pensou:
"Ai, essa velha bebe café nessa xícara, o que eu vou fazer para não encostar a boca onde essa mulher bebe?"
Ficou pensando nisso até que descobriu um trincadinho na xícara. Pensou:
"Se eu beber nesse trincadinho, não vou ter que enconstar a boca onde essa velha bebe."
Estava ele bebendo o café pelo trincadinho da xícara, quando a velha entra na sala e diz:
"Rapaz! Nós dois somos iguaizinhos! Eu não sei por que, mas eu também adoro beber nesse trincadinho!"

Eu encontrei esse texto na net, sem indicação de autor, mas achei tão engraçado que resolvi postar aqui. Se alguém souber (ou for) o autor, por favor me avise que lhe darei o crédito.

Que dá um arrepio, dá, não é mesmo? (risos)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Xícara brasileira

 
 
 
 
Xícara de café da Porcelanas Schmidt, que ganhei em 1993. Porcelana branca, com frisos dourados e barrado preto, enfeitado com flores cor-de-rosa, amarelas e azuis. O pires é oitavado. Esta padronagem foi lançada em 1993 e cancelada em 2001.

Chá com Mussolini


Título Original: Tea with Mussolini
Diretor: Franco Zeffirelli
País de Origem: Itália/Inglaterra
Ano de Lançamento: 1999
Elenco: Cher, Judi Dench, Joan Plowright, Maggie Smith, Lily Tomlin, Baird Wallace, Charlie Lucas, Claudio Spadaro


Sinopse:
Um garoto italiano, não assumido por seu pai, passa a ser criado por senhoras inglesas que vivem em Florença.

O diretor relata o período de 1935 a 1944, através da vida destas senhoras, desde a época em que gastam suas tardes em calmas casas de chá [e lá estão sempre as xícaras] até o momento em que passam a ser detidas como inimigas políticas pela ascensão do fascismo.
Conhecidas como as " scorpioni" pela comunidade local, elas passam a cuidar do garoto, aproximando-o das artes e da língua inglesa.O título do filme refere-se a um rápido momento do roteiro: enquanto começa a ferver o fascismo, uma delas vai até Mussolini pedir proteção para o grupo de inglesas. É aí que o Duce, tomando chá [olha as xícaras aí, novamente] com as senhoras, garante-lhes segurança, para mais tarde declarar guerra contra a Inglaterra.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Xícara brasileira


Xícara de café da marca Porcelana Real, fabricada em 1983. Porcelana branca, frisos dourados, com estampa de flores estilizadas coloridas.

Todo mundo tem ... e usa

MEMBROS DE CASAS REAIS
Continuando as postagens sobre quem tem e usa xícaras, trouxe aqui um conjunto de 6 integrantes de casas reais em vários lugares do mundo. Da esquerda para a direita:
1ª fila: Princesa Grace e Príncipe Albert (ele é hoje o príncipe regente de Mônaco), Príncipe Charles (Inglaterra), Rainha Elizabeth II (Inglaterra)
2ª fila: Camila Parker Bowles (Duquesa da Cornualha, Inglaterra), Sarah Ferguson (Duquesa de York, Inglaterra), Princesa Takamado (Japão)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Xícara brasileira

 
Xícara de café, sem marca. Porcelana branca, com frisos, pés e interior da xícara pintados de dourado. Decalques de cenas galantes com casal antigo.  

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Meia xícara de café para um quarto de sorriso

Acordei, não por vontade própria, mais cedo do que o normal. Essa tem sido a hora que eu consigo dormir, não sei porque hoje foi diferente. Meu relógio está marcando exatamente seis e quinze da manhã, nessa manhã fria de sábado. Ainda não me levantei da cama, mas percebo que o dia está nublado por causa do cheiro da chuva que invade meu quarto vindo da janela.
Estou agora caminhando pelo meu apartamento. Nunca havia percebido que o chão, de porcelanato cinza-claro, era tão frio e duro. Olhando para os lados e deslizando a ponta dos meus dedos nas paredes em tom pastel, eu percebo que nunca ousei notar os pequenos defeitos que convivem comigo há anos.
Impressão minha, e eu tenho uma percepção muito boa, ou as coisas resolveram mostrar o seu valor ao mundo? Talvez eu devesse seguir a tendência e tentar mostrar o que tenho de bom. Ou talvez seja bom continuar vivendo e a cada dia morrendo. A mudança é inevitável, e a insegurança é o instinto de sobrevivência perante a sociedade que nos rodeia.
Quarto, corredor... Chegou a hora do banheiro. Vejo-me refletida no espelho que nada mais faz além de imitar aquilo que está em sua frente. Se eu fosse uma pessoa boa, eu diria para que ele não me imitasse, uma vez que eu não tenho nada além de tristeza e solidão. E acho que isso não significaria muita coisa para ele. Tão cruel quanto eu, ou até mais. Ele mostra, sem piedade nenhuma, todas as verdades que são vistas pelo mundo. Só que também mostra os mistérios ocultos nos olhos profundos e frios. Coisas que apenas uma pessoa consegue enxergar. Nós mesmos. Cada vidro espelhado nos mostra todos os nossos defeitos. E sabemos que são muitos. E lutamos contra eles. E negamos até o fim.
Após um ritual demorado de higiene e o conflito mudo com o espelho, caminho em direção à cozinha. O lugar que melhor nos acolhe. Não é tão fria quanto o banheiro, nem tão vazia quanto a sala, nem tão escura quanto o quarto. A cozinha é quente, ela estende, à quem precisa, seus melhores frutos.
No meu caso, basta-me meia xícara de café para me dar um quarto de sorriso. Não peço nada mais que isto para começar mais um dia.


Littleone, 26 de outubro de 2009

Xícara japonesa

 
Xícara de café em porcelana "casca de ovo", oriunda do Japão. Pintada à mão em amarelo, com bolas brancas, tem frisos dourados

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cabeçalhos da net

Este é o blog do Fernando Kkhoff:  http://quercafe.com

Xícara brasileira


Xícara de café da marca Porcelana Schmidt. Porcelana branca, pintada à mão em vários tons. Pires com barrado largo no mesmo motivo. Frisos dourados.

As muitas lembranças da minhas xícaras/coppas

Eu sempre achei engraçada essa coisa de perguntar a idade do outro. No meu caso especificamente, sempre que eu digo em voz alta o total de anos que me acompanham vejo surgir da face que está ali, bem ao alcance do meu olhar, uma curiosa forma de surpresa. A maioria das pessoas acha que eu tenho mais anos acumulado em minhas vilas e aldeias… Mas isso não me causa nenhum tipo de mal estar. Sinceramente, eu tenho outros silogismos para me preocupar e definitivamente, idade, peso, roupas e outros itens não estão presentes na minha lista.

Contudo, guardo nos lábios um sorriso e me perco no tempo, aquele que tanto gosto, onde se somam aventuras, momentos e pequenas curiosidades que servem para contabilizar o que realmente importa e não o acumulo de anos.

E se alguém se atrevesse a me perguntar “quantas canecas/xícaras/coppa você já teve? A viagem seria imediata: aventuras, momentos, surpresas, alegrias e tristezas surgiriam e então seria preciso sentar-me junto a mesa, como fazíamos lá em casa, bem no meio da tarde e dialogar sobre tudo isso.

Na minha infância eu tinha uma daquelas canequinhas de alumínio, tamanho médio e sempre que eu chegava à cozinha pela manhã, lá estava ela com meu leite caramelizado (muito bom). Naquele tempo eu podia adicionar canela ao meu leite. Sentava-me na cadeira com ajuda da mamma e sentia meus pezinhos balançando no ar, em baixo da mesa (eles ainda não alcançavam o chão) e entre as mãos: a caneca que aquecia minhas mãos que seguiam despertando em sua forma de lentidão. Desde pequena que eu demoro a despertar pelas manhãs, mas é que eu sempre achei que as manhãs pertenciam aos pássaros e não a mim. (rs)

Alguns anos depois, ganhei uma caneca de louça, toda colorida e um pouco maior. Era sinal que eu já era uma “mocinha”, afinal, minhas mãos já estavam mais firmes e não causariam algum possível acidente. Precauções maternais.
Anos mais tarde, eu e papai saímos para caminhar no final da tarde pelas ruas cheias de subidas e poucas descidas da cidade da nossa cidade. A gente sempre fazia isso, quase sempre em silêncio para melhor apreciar a paisagem… Mas nessa tarde que vive em minha memória, encontramos uma lojinha cheia de “badulaques” e lá compramos três canecas, cheia de pequenos detalhes: foi a primeira vez que eu escolhi minha própria caneca – meu pai achou graça da minha empolgação e me disse em seguida “certas coisas fazem a gente perceber que os filhos crescem mais rápido do que nós somos capazes de acompanhar”.

Curiosamente, eu estaria segurando entre minhas mãos aquela mesma caneca quando me informaram a morte deles e eu fiquei lá, sentindo o calor da “minha amiga” que era gentil em manter minhas mãos aquecidas, como se me protegessem de alguma forma.

Depois disso, eu tive xícaras azuis, pretas, com desenhos, diferentes tamanho. Umas são apenas para tomar o cappuccino, outras para o chá, mas nunca mais consegui tomar leite caramelizado com canela, mas o sabor e a sensação do calor entre as mãos permanecem por aqui em minhas vilas.

E você, já experimentou se perguntar quantas xícaras você já teve ou tem?

Lunna Guedes, abril de 2010

Sabem porque eu me interessei por este texto da Lunna? Porque ele conta a "minha" história e, acho eu, a de muita gente. Eu também (como meus irmãos) tive uma canequinha de alumínio quando criança e até comprei uma há pouco tempo para minha neta. Eu também tenho muitas xícaras (um montão na minha coleção), mas não importa o número, pois a maioria delas me lembra pessoas especiais, episódios engraçados, alegres, tristes ... cada uma tem sua própria história comigo.