quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Interlúdio
Título original do filme: NotoriousLançamento: 1946 (EUA)
Direção: Alfred HitchcockAtores principais: Cary Grant, Ingrid Bergman, Claude Rains
Ingrid Bergman (Alicia) faz o papel de uma espiã que aceita se casar com um homem investigado pelo governo norteamericano. Cary Grant (Devlin) faz o papel do contato, o agente que a recruta e passa instruções. A personagem de Ingrid é apaixonada por Cary, mas tem que ser a esposa de Claude Rains (Sebastian) para cumprir os planos do governo. Ela é descoberta mas só fica sabendo que está em perigo quando está prestes a morrer envenenada. Bem ao estilo Hitchcock, o clima de angústia é crescente e uma xícara de café é mostrada em detalhe, ao ser servida pelo marido à espiã, que a bebe ... (bem, vocês precisam asistir o filme para saber mais).
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Xícara brasileira
Poesia que alfabetiza
Esse X metido
Está fazendo
Dentro da minha
Xícara
Só sei que ele
É x de xícara.
Xícara brasileira
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Primeiro aniversário

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Xícara brasileira
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
A moça e a xícara
“Acontece!”, ela parou pra pensar. E acontecia mesmo, todas as manhãs, todas as frívolas manhas. Morria uma três ou quatro vezes para acordar e o seu cabelo parecia lhe punir pela preguiça. Buscava assustar o espelho com os dentes amarelando, excesso de cigarro e o contrário de cuidados; brigava com o café fraco, que nunca quis realmente parar pra aprender, e xingava o sol feliz do lado de fora.
A mãe ligou, quinze dias sem se falarem, e atendeu mal criada. Praguejou em voz alta, havia poucas coisas que amava mais do que praguejar alto. Dispensou a genitora e deitou intransigente o corpo, já flácido, na cadeira; como quem não queria mesmo estar ali. Ligou o notebook. Horas para carregar o tão elogiado sistema operacional.
Enquanto esperava, tratou de olhar as unhas esquecidas e seus diferentes tamanhos e formas. Choramingou seu próprio descaso e bicou a gatinha aninhada aos seus pés. A conta de luz, internet e o condomínio piscariam num vermelho vivo se pudessem, o pão de forma abrigaria mais fungos também.
O computador avisou: “Estou funcionando!”. E ela riu da própria ironia, conexão absolutamente lenta, desprezível. Tudo naquela casa refletia sua expressão: descaso, monotonia e desesperança. O emprego por um fio, pais separados e o mais recente caso do namorado. Não dava mais pra viver ali, ou daquele jeito, melhor mesmo era parar a vida e pedir pra sair.
Encarou o computador e abriu os e-mails, leu, quase dormiu. Abriu o navegador. Notícias, fóruns, readers, twitter. Deu o primeiro sorriso sincero aos avatares de photoshop, e quis escrever: “Tomando a primeira chicara de café do dia.”. Chicara? Não era com x? Será que tem acento no i? O mundo desabou…
No meio de um turbilhão de problemas, causas e consequências; entre furacões e borboletas, as verdades se perderam nos infinitos paradigmas de “ch”s e “x”s.
Alan Miranda de Freitas, junho de 2009
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Xícara isabelina
A saga da xícara da Tiffany
Até aí tudo bem, tudo bom, muita educação para recebê-lo porque esta é uma característica que eu não consigo mudar: procuro ser simpática e agradável mesmo quando (estou querendo que o cara vá praquele lugar) cansada. A visita no terceiro dia em casa foi a parte sem noção do sujeito. A parte puxa-saco foi o presente que ele trouxe pra Luísa: uma xícara de porcelana da Tiffany.
Pausa: pra quem não sabe que marca é essa, eu só digo que essa é uma das joalherias mais famosas do mundo, famoséssima desde os tempos da Bonequinha de Luxo - e, para quem quiser lembrar pelo lado negro, foi a joalheria assaltada recentemente num shoppping de São Paulo em cena típica de cinema.
Agora parem pra pensar: para que raios um sujeito gasta uma baba pra comprar uma xícara cor-de-rosa de PORCELANA para um bebê recém-nascido? Ele tem noção de quando uma criança começa a usar peças de louça pra comer? Ou ele queria que eu colocasse de enfeite na sala?
E ainda teve um agravante: eu estava em pé conversando com ele na sala e de repente parecia que eu estava fazendo xixi na calça. Pedi licença, corri para o meu banheiro e fui ver que eu estava tendo uma baita hemorragia (já contei esse episódio aqui). Chamei o meu marido e ele tratou de expulsar o sujeito de casa imediatamente. Fomos para o hospital e daí esse é outro assunto.
Sei que pegamos uma birra tão grande daquela xícara da Tiffany que ela virou piada aqui em casa. E a birra foi tanta que nunca sequer reparamos que o pires tinha o formato de um porquinho, hehe. Parecia um pires com um design diferente e s ó. Enfim, presente mais inútil que alguém poderia dar para um bebê.
MAS... como tudo tem um porém nessa vida, a gente acaba pagando a língua um dia.
Recentemente (e muito "atrasadamente"), por (bronca) orientação da pediatra, fui tirar o copinho de transição da vida da Luísa. Apesar de ela não tomar mais leite na mamadeira há muito tempo, ela ainda tomava o leitinho dela de manhã e à noite num daqueles copinhos de transição que tem o bico molinho. À noite ela tomava sentadinha na cama, escovava os dentes e dormia. E de manhã ela tomava deitada e dormia mais um pouco. (Quem foi mesmo que postou esses dias falando sobre o perigo de a criança mamar deitada? Fiquei arrasada pela minha ignorância).
Agora o mais inusitado: como é que conseguimos tirar o tal copinho da Luísa? Depois de umas três ou quatro choradeiras e reclamações, apelamos para a tal xícara rosa e não é que ela adorou a ideia? Agora ela toma o leitinho de manhã na copa, na xícara "osa" - e que só agora descobrimos que o tal pires tem formato de porquinho. E, três anos depois, o presente mais inútil do planeta se transformou em algo útil. E agora minha filha chiquérrima toma leitinho na caneca da Tiffany toda manhã... (e a gente reza praquilo não quebrar).
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Xícara argentina
terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Sobre xícaras de chá e delicadeza
À tardinha, meu apartamento recende a qualquer coisa recém tirada do forno. Aromas reconfortantes de molhos preparados em fogo brando, perfumados com manjericão e alecrim, derramados com afeição sobre opulentos pratos de massa vistosa.
Eu acredito em eu-te-amos de camomila, maçã e canela. Acredito em eu-te-amos que saem de borbulhantes panelas ou do vapor do ferro de passar. Eu-te-amos silenciosos e sorridentes, gentis e educados, corteses, delicados.
Acredito no amor que nutre. Que desperta apetites, envolve os sentidos, alimenta vontades, sustenta o espírito.
Acredito em ogros que preparam xícaras de chá delicadas. Em mulheres fortes e independentes que perfumam com lavanda lençóis bordados com as próprias mãos.
E se o amor é paradoxal e caprichoso, a delicadeza nas relações é permanência.
Ana Paula Sampaio, 2009
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
O mestre e a xícara de chá
O mestre ouviu-o pacientemente, algumas vezes concordando com os dizeres do filósofo, sugerindo ao fim que fossem tomar chá. Ao servi-lo, o mestre encheu a xícara de seu visitante e continuou despejando o chá. O professor olhava a xícara com o chá derramando, até que não conseguiu mais se conter:
“A xícara está cheia! Não cabe mais!”.
O mestre imediatamente retorquiu, embora continuando a despejar:
“Como esta xícara, você está cheio de razões. Como poderei mostrar-lhe o Zen, a menos que você esvazie antes a sua xícara?”.
Este texto aparece várias vezes na internet, sem indicação precisa de seu autor.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Menina na xícara
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
é pique! é pique! rá! tchin! bum!!!
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Xícara azulzinha
Xícara de chá japonesa, da marca Nazco, da minha coleção.
Meu amor está comigo. Nunca foi embora. Sonhei. Foi assim: abri o armário do quarto e nossas roupas estavam ali no maior rela-rela. Fui pra cozinha e à mesa, junto da minha xícara havia outra de café já tomado. Farelos de pão na toalha, no ladrilho.
Andei pela casa e fui encontrando um livro aberto aqui, uma revista fora do lugar ali. Cheguei à varanda e lá estava ele, no jardim, descalço, de jeans desbotado, camiseta pedindo outra de tão velha. Lá estava ele a brincar com os cachorros. Havia sol e as flores de sempre.
Tanto tempo se passou, dez anos, mais de dez, e ele não envelhecera. Estava igual quando disse que me amava, mas que me deixaria.
No sonho, parecia que o sonho era eu ter ido embora. Ter ido embora por tanto tempo e voltado. E ele ali a me esperar descalço, de jeans desbotado, camiseta pedindo outra de tão velha. Quando acordei meu coração doeu. Depois já não era o coração, era a cabeça. Levantei-me e fui ver o que a varanda e o jardim me reservavam. Nenhum riso, nem latidos. Na cozinha, prontinho o meu café. O pão para a torrada, a manteiga. A fruteira e a xícara azulzinha. Sozinha.
Clara Favilla, 2009.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Albert Lynch
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Entrevista com Ferreira Gullar
[...] assim nasceu "Nasce o poema", onde tento descrever como surge a poesia quando um flâneur caminha solitário em meio à multidão. Ninguém sabe exatamente como a poesia irrompe de onde menos se espera, às vezes cheirando a flor, outras vezes com o olor de fruta podre e que na podridão se abisma. E quanto mais perto da noite, mais grita o aroma, ora num mar de silêncio, ora num pequeno armarinho do Estácio ao cair da tarde. É que, quando eu entrei naquele armarinho do Estácio, caí na minha própria realidade. O armarinho do Estácio, imagine, foi em 1955, e eu não esperava falar sobre isso. Lembro-me de que eu estava ali com o Amílcar de Castro. Paramos para esperar o ônibus. 0 sol estava brabo e então resolvi entrar naquela loja ordinária, onde vi uma caixa de papelão com xícaras empoeiradas.
numa caixa de papelão
enquanto os ônibus passam ruidosamente
à porta e ali
dentro do silêncio da tarde menor do comércio
do Rio de janeiro
na loja do Kalil
estaria nascendo
o poema?
Eu já estava mergulhando no poema, mas o ônibus chegou e o encanto se esvaiu. Esse poema acabou nascendo 32 anos depois e no justo momento em que comecei a escrever outro [...]
Entrevista publicada em Poesia Sempre - Ano 6 - Número 9, março de 1998
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
O homem
de café
e os dedos
entrelaçados
na mesa
a garçonete sorri
austero o homem
agradece
Hilton Valeriano, 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Faltou xícara em Bagdá

Editora de Cultura
Lançamento: 2006
É um livro que trata das competências essenciais que devem ter os profissionais interessados em melhorar sempre a sua performance em Negociação e Venda. O seu foco central está no 'Conhecimento'. O livro defende a tese de que o autoconheci-mento, o conhecimento dos interlocutores, do ambiente e do contexto da negociação são fundamentais para o sucesso do processo. Sobre relações interpessoais, o livro apresenta todo um estudo para a identificação, a compreensão e a motivação das pessoas através do conhecimento de seus estilos de negociação e de seus perfis de comportamento.
Por que 'Xícaras' e 'Bagdá'? Um estudo de casos contado no início da obra permite ao autor exemplificar todos os conceitos que advoga através de dois personagens reais; um bem-sucedido vendedor de xícaras que sonhava viajar a Bagdá e um desastrado negociador que colecionou grandes perdas na guerra do Iraque.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Cup of coffee
Seven cups of tea
The second shatters the walls of my lonely sadness,
The third searches the dry rivulets of my soul to find the stories of five thousand scrolls.
With the fourth the pain of past injustice vanishes through my pores.
The fifth purifies my flesh and bone.
With the sixth I am in touch with the immortals.
The seventh gives such pleasure I can hardly bear.
The fresh wind blows through my wings
As I make my way to Penglai*.
A primeira xícara acaricia meus lábios secos e a garganta,
A segunda quebra as paredes da minha triste solidão,
A terceira procura os riachos secos de minha alma para encontrar
Com quarta, a dor de injustiças passadas desaparece através dos meus poros.
A quinta purifica a minha carne e ossos.
Com a sexta eu entro em contato com os imortais.
A sétima dá tanto prazer que eu mal posso suportar.
O vento fresco sopra entre minhas asas
Enquanto eu sigo meu caminho para Penglai*.
Lu Tong, Dinastia Tang-A.D. 618-907 (tradução minha)
* Penglai, uma montanha da China (segundo a lenda, era onde ficava o lar dos imortais)
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Xícara brasileira
Merchandizing em novela

No folhetim recentemente terminado "Escrito nas estrelas", eu reparei nas belas xícaras que apareciam em cada cena de café da manhã (muitas!) na casa do médico milionário Ricardo. Procurei na internet a achei a notícia.
São da linha Germany da Tramontina Design Collection, produzidas com porcelana Bone China e pires com acabamento em aço escovado. A linha tem jogos de xícaras em três tamanhos, para café expresso, para cappuccino e para chá e leite (imagem da novela, com a atriz Zezé Polessa).

segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
One cup of coffee
Though I just dropped by to let you know
That I'm leaving you tomorrow;
I'll cause you no more sorrow:
One cup of coffee, then I'll go.
I brought the money like the lawyer said to do,
But it won't replace the 'eartache I caused you;
It won't take the place of lovin' you, I know,
So one cup of coffee, then I'll go.
Tell the kids I came last night
And kissed them while they slept;
Make my coffee sweet and warm
Just the way you used to lie in my arms.
I brought the money like the lawyer said to do,
But it won't replace the 'eartache I caused you;
It won't take the place of lovin' you, I know,
So one cup of coffee, then I'll go;
One cup of coffee, then I'll go;
One cup of coffee, then I'll go.
Uma xícara de café
Uma xícara de café, então eu irei;
Embora eu só queira que você saiba;
Que eu deixarei você amanhã;
Eu não causarei mais tristeza a você:
Uma xícara de café, então eu irei.
Eu trouxe o dinheiro como o advogado disse para trazer;
Mas não vai substituir o sofrimento que te causei;
Não vai tomar o lugar do amor por você, eu sei;
Assim, uma xícara de café, então eu irei.
Diga às crianças que vim na última noite
E que eu as beijei enquanto dormiam
Faça-me uma xícara de café doce e quente;
Do jeito que você costumava deitar em meus braços.
Eu trouxe o dinheiro como o advogado disse para trazer,
Mas não vai substituir o sofrimento que te causei;
Não vai tomar o lugar do amor por você, eu sei;
Assim, uma xícara de café, então eu irei.
Uma xícara de café, então eu irei.
Uma xícara de café, então eu irei.
Música do cantor Bob Marley (jamaicano), que estreiou em 1962 (aos 17 anos) com a gravação do single “One Cup of Coffee”. Sua carreira, embora curta (faleceu aos 36 anos), foi cheia de sucesso e ele é muito tocado até hoje.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Escova de dente e xícaras de chá
Ele refaz mentalmente o seu caminho inverso, por calçadas futuramente nostálgicas. Sua memória, absolutamente confusa, o leva a lugares prediletos, rostos recentes mas já tão familiares, um supermercado, o sorvete. Este é o caminho de seu corpo, claro, mas levado por apenas cinco por cento de sua mente. Ah, a mente está lá longe, mergulhada em uma xícara de chá que ele costumava usar quando morava com sua família; é isso. “Este é você. Você tem uma família. Você toma xícaras de chá.”
Xícaras. De chá. Tomava litros para poder dormir, mas sempre ganhava a insônia dos solitários, que o jogava nas ruas como se o expulsasse de si mesmo, sem o impedir de existir, mas também sem que ele pudesse obter respostas. É sexta-feira à noite, a última sexta feira de um espetáculo de circo de altos e baixos, com atrações de interesses incríveis, mas também de gostos duvidosos. Não, nunca tão gostosos quanto as xícaras. De chá.
Com o sorvete na sacola, sozinho pela longa avenida, o rapaz pensa. O corpo o leva para casa, coisa que ele já não sabe o que significa, mas o leva para lá, enquanto ele cantarola evitando melismas insuportáveis. Deve ser uma figura interessante para os outros que passam, mas ele não liga. Num geral estava melhor acompanhado quando sozinho, fato constantemente observado com contradição, porque tudo que ele mais quer no mundo é a companhia de alguém que o entenda. Mas ainda assim, é só ele, e apenas ele, cantando sozinho numa sexta feira à noite.
Ele chega em casa e o sorvete vai pra dois lugares gelados em tempos diferentes: primeiro, para a geladeira, depois para seu coração triste. “É um sorvete delicioso demais, vai dividir com alguém?”, ele diz “Pretendo”, mas ficaria – mesmo – apenas na pretensão. No fim das contas, os que tentavam violar seu cérebro acabavam também querendo isolá-lo. Era uma máxima que ele já desistira de questionar. O celular diz que vai tocar, mas não toca, mesmo. Ele toma o sorvete junto de seu edredom e de uma sombra vazia, mas antes disso ele guarda as últimas roupas na mala.
O rapaz entra no banheiro, a luz de óleo iluminando o rosto tomado por algumas veias e eventuais espinhas. Ele se olha no espelho e, é assim com todo mundo, vê muito mais que apenas isso, sobretudo quando encara a fundo os olhos expressivos. “Este é você”, ele diz, e a expressão de seu rosto é enigmática, no limiar de uma lágrima, na antecipação de um sorriso. “Cantando sozinho, sexta feira à noite, você e sua mente esquecida.”
Ele desliga o chuveiro, a toalha é azul, da cor da liberdade infinda e desconhecida. Seus pensamentos analisam a situação, torturam contra e a seu favor. Talvez ele esteja louco, talvez não. Ele costuma escovar os dentes após o banho, fazer um enxágue bucal, e, por vezes, passar o fio dental. Desta vez, porém, ele esqueceu. A cabeça está na música que ele cantarolava sozinho,na calçada que pisou, sozinho.
A companhia de suas xícaras de chá não costuma confortar, pois deixavam um gosto amargo na boca, fazendo-o escovar os dentes com determinada displicência. E depois ele olhava no espelho e dizia – sempre e apenas – para si mesmo:
“Este é você. E eu espero que fique tudo bem.”
Ele tem uma mudança e mil consequências, ou uma consequência para mil mudanças. Ele tem mil opiniões e nenhum tempo pra explicar, ele tem a solidão e mil pessoas para lhe fazer companhia, ele tem uma calçada predileta e mil delas sem pisar, ele tem uma escova de dente e mil xícaras de chá.
Pelvini, março de 2009
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Como apreciar uma xícara de chá
Temos que estar totalmente despertos no presente para apreciar o chá.
Apenas com a consciência no presente, as nossas mãos podem sentir o agradável calor da xícara.
Apenas no presente podemos apreciar o aroma, sentir a doçura a delicadeza.
Se estamos a ruminar sobre o passado ou preocupados com o futuro, perderemos por completo a experiência de apreciar a xícara de chá. Olharemos para a xícara e o chá terá já terminado.
A vida é assim.
Se não estamos totalmente no presente, quando olharmos a nossa volta este terá desaparecido. Teremos perdido a sensação, o aroma, a delicadeza e a beleza da vida, que poderá ter passado a correr por nós.
O passado terminou, aprendemos com ele e deixamo-lo ir.
O futuro ainda não esta aqui .Planejemos sim, mas não gastemos o tempo a preocuparmo-nos com ele. A preocupação é uma perda de tempo.
Quando pararmos de ruminar sobre o que aconteceu, quando pararmos de nos preocuparmos com o que poderá nunca vir a acontecer, então estaremos no momento presente.
Só então começaremos a experimentar a alegria de Viver!!
Texto extraido do livro "Só o amor é real", do Dr. Brain Weiss.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
101 Razões para Tomar Café
Editora: Café Editora
Capa: foto produzida pela Empório fotográfico e Márcia Asnis
Foi lançado em abril de 2010 um livro contendo o resultado de anos de pesquisa do médico Darcy Roberto Lima, direcionado aos apaixonados por café. O autor transformou seus estudos em conteúdo leve e inédito sobre a bebida e publica, pela Café Editora, o livro "101 Razões para Tomar Café".
Com textos bem-humorados e informativos, a obra apresenta 101 motivos para quem não deixa este hábito de lado nem por um dia. As razões passam por quatro temas: sabor, história, saúde e cultura. Nelas, Darcy conta a cultura do beber café e a presença dele no dia a dia, a história do grão em diversos países, o sabor por ele proporcionado e ainda faz comparações com outras bebidas; por fim, destaca mais de metade das razões, e ainda mais intrigantes, sobre os benefícios do café para a saúde. Dentre eles que pode prevenir câncer, obesidade e proteger contra a gripe e ainda que é bom para o coração, para a pele e diabetes. A coisa mais comum que todo homem gosta de fazer desde que acorda é tomar café, um ritual que repete a vida toda.
Resenha publicada na revista CAFEICULTURA.